K02: Amethystoglossa alba (lorena self¹ x bela vista) x tipo (albescens kuroda x alba lorena self)

Descrição do cruzamento: O cruzamento foi realizado entre uma planta alba (lorena self × bela vista) e uma planta tipo, resultado da fecundação entre albescens e alba (kuroda × lorena self). O objetivo desse cruzamento foi diversificar a genética das plantas albas facilitando futuros cruzamentos e aprimorando aspectos vegetativos e florísticos da variedade.

As características morfológicas do plantel não indicam um retorno à variedade alba, conforme observado pela presença de pigmentos nas folhas, pseudobulbos e raízes. Esperava-se que parte minoritária das descendentes desse cruzamento fossem albas, com qualidades técnicas mais acentuadas. No entanto, a presença de pigmentos reduz essa possibilidade. Ainda assim, acreditamos que esse cruzamento irá nos surpreender, esperamos plantas com maior resistência, bulbos menos volumosos e flores de variedade tipo suave.

Os espécimes, identificados pelo código K02, são resultado do nosso cruzamento realizado no inverno/primavera de 2021 em Venda Nova do Imigrante – ES, cultivada em vaso furado (8cm de altura, 10cm de base superior e 8cm de base inferior), estima-se a previsão de floração a partir das próximas duas brotações (até 2 anos).

Espécime do cruzamento de Cattleya amethystoglossa alba (lorena self x bela vista) x tipo (albescens kuroda x alba lorena self)

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Espécie: Cattleya amethystoglossa tem seu habitat endêmico a região sul do estado da Bahia, com dispersão de populações pontuais no nordeste de Minas Gerais e no norte do Espírito Santo. Vegeta de forma epífita e rupícola em altitudes entre 500 e 1000m em ambientes com incidência solar considerável e amplitudes térmicas entre 20cº e 35cº, adaptando-se a períodos de secas graças a suas reservas energéticas e mecanismos que evitam a perca de água para o ambiente.²

De grande porte, a C. amethystoglossa apresenta pseudobulbos alongados e cilíndricos, que podem atingir até 70 cm de altura na fase adulta. Suas folhas são grandes e robustas, sua brotação e enraizamento ocorrem regularmente uma vez ao ano, alguns meses após a floração, podendo ocorrer duas vezes em condições ideais de cultivo. A floração acontece entre o final do inverno e o início da primavera brasileira (agosto/setembro) e, no auge de seu vigor, a planta pode apresentar até 20 flores por haste floral. A espécie possui um significativo melhoramento genético e boa adaptabilidade, especialmente quando comparada a outras do mesmo subgênero. Sua robustez e beleza singular fazem dela uma excelente escolha tanto para orquidófilos iniciantes quanto para os mais experientes.³

¹ A nomenclatura self refere-se ao cruzamento autofecundo, natural ou artificial, ou seja os pólens masculinos de um exemplar são inseminados no estigma (parte feminina) do mesmo exemplar.
² The Brazilian Bifoliate Cattleyas and their Color Varieties, ed. Azul Quinta Press, St. Thomas, California, 1977, p. 91; Uma coleção de orquídeas – 3 Cattleya espécies bifoliadas (primeira parte), ed. Ipsis Gráfica, Priscila M. P. Corrêa da Fonseca, 2022, p. 32.
³ Uma coleção de orquídeas – 3 Cattleya espécies bifoliadas (primeira parte), ed. Ipsis Gráfica, Priscila M. P. Corrêa da Fonseca, 2022, p. 33-35.