Descrição do cruzamento: O cruzamento foi realizado entre uma planta tipo (treviso x guarapari) de pétalas largas, labelo plano e pintas bem pigmentadas e uma planta rubra (254×77) com pétalas e sépalas em tons vinho escuro, pintas bem deliniadas e boa forma. Buscamos nesse cruzamento ampliar a qualidade técnica de espécimes rubros. O plantel apresenta exemplares com intensa pigmentação, folhas largas e espessas, além de uma excelente adaptabilidade em comparação a outros cruzamentos de schilleriana. Esperamos uma ampla variação de coloração tipo, abrangendo desde tons acastanhados até rubros.
Vale ressaltar, que foram observados exemplares com características de albescens, devido sua descendência genética de da Cattleya schilleriana albescens guarapari (Labelão nt x Zé Modolo nt). Entrentanto neste momento serão disponibilizados para venda apenas plantas com pigmentação.
Os espécimes, identificados pelo código K10, são resultado do nosso cruzamento realizado no inverno/primavera de 2021 em Venda Nova do Imigrante – ES, cultivada em vaso T9 (7,5 cm de altura, 9 cm de base superior e 6,5 cm de base inferior), estima-se a previsão de floração a partir das próximas duas brotações (até 3 anos).

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Espécie: Cattleya schilleriana é endêmica do Estado do Espírito Santo, com ocorrência na bacia do Rio Jucu, tendo populações dispersas nos municípios de Domingos Martins, Santa Leopoldina e Marechal Floriano. Vegeta de forma epífita em altitudes entre 400 e 800 metros em locais arejados, preferindo ambientes com incidência solar moderada, temperaturas variando entre 20°C e 35°C, próxima de bacias d’água.¹
De porte pequeno/médio, C. schilleriana apresenta pseudobulbos cilíndricos e inclinados, podendo atingir até 40 cm de altura na fase adulta. É uma espécie bifoliada, com folhas grandes e robustas, cuja brotação e enraizamento ocorrem alguns meses após a floração. Sua floração acontece no início da primavera brasileira, destacando o contraste marcante entre o labelo único e as pétalas vibrantes.²
Embora tenha passado por expressivo melhoramento genético e apresente boa adaptabilidade, seu cultivo é considerado de dificuldade média/alta, principalmente devido às exigências de luminosidade e ventilação, além da sensibilidade a variações bruscas de temperatura e umidade. No entanto, seu porte vegetativo e florações marcantes fazem dela uma escolha certeira para colecionadores experientes e intermediários dedicados.
¹ J. A. Fowlie, The Brazilian Bifoliate Cattleyas and their Color Varieties, ed. Azul Quinta Press, St. Thomas, California, 1977, p. 91; Uma coleção de orquídeas – 3 Cattleya espécies bifoliadas (segunda parte) ed. Ipsis Gráfica, Priscila M. P. Corrêa da Fonseca, 2022, p. 108.
² Uma coleção de orquídeas – 3 Cattleya espécies bifoliadas (segunda parte) ed. Ipsis Gráfica, Priscila M. P. Corrêa da Fonseca, 2022, p. 108.