Descrição do cruzamento: O cruzamento realizado com um exemplar albescens (guarapari x self) e um exemplar tipo de descendência albescens (treviso x guarapari) com bons atributos técnicos, em especial pétalas e sépalas bem largas. O plantel apresenta exemplares com pigmentação, rizoma curto e robustez vegetativa. Esperamos por uma ampla variação de coloração tipo, abrangendo desde tons esverdeados até acastanhados, florações com bons atributos técnicos, flores grandes e bem preenchidas.
Não foram observados exemplares com características de albescens, mesmo que a planta polinizada tenha sido a Cattleya schilleriana albescens (guarapari x self).
Os espécimes, identificados pelo código K09, são resultado do nosso cruzamento realizado no inverno/primavera de 2021 em Venda Nova do Imigrante – ES, cultivada em vaso T9 (7,5 cm de altura, 9 cm de base superior e 6,5 cm de base inferior), estima-se a previsão de floração a partir das próximas duas brotações (até 3 anos).

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Espécie: Cattleya schilleriana é endêmica do Estado do Espírito Santo, com ocorrência na bacia do Rio Jucu, tendo populações dispersas nos municípios de Domingos Martins, Santa Leopoldina e Marechal Floriano. Vegeta de forma epífita em altitudes entre 400 e 800 metros em locais arejados, preferindo ambientes com incidência solar moderada, temperaturas variando entre 20°C e 35°C, próxima de bacias d’água.²
De porte pequeno/médio, C. schilleriana apresenta pseudobulbos cilíndricos e inclinados, podendo atingir até 40 cm de altura na fase adulta. É uma espécie bifoliada, com folhas grandes e robustas, cuja brotação e enraizamento ocorrem alguns meses após a floração. Sua floração acontece no início da primavera brasileira, destacando o contraste marcante entre o labelo único e as pétalas vibrantes.³
Embora tenha passado por expressivo melhoramento genético e apresente boa adaptabilidade, seu cultivo é considerado de dificuldade média/alta, principalmente devido às exigências de luminosidade e ventilação, além da sensibilidade a variações bruscas de temperatura e umidade. No entanto, seu porte vegetativo e florações marcantes fazem dela uma escolha certeira para colecionadores experientes e intermediários dedicados.
¹ A nomenclatura self refere-se ao cruzamento autofecundo, natural ou artificial, ou seja os pólens masculinos de um exemplar são inseminados no estigma (parte feminina) do mesmo exemplar.
² J. A. Fowlie, The Brazilian Bifoliate Cattleyas and their Color Varieties, ed. Azul Quinta Press, St. Thomas, California, 1977, p. 91; Uma coleção de orquídeas – 3 Cattleya espécies bifoliadas (segunda parte) ed. Ipsis Gráfica, Priscila M. P. Corrêa da Fonseca, 2022, p. 108.
³ Uma coleção de orquídeas – 3 Cattleya espécies bifoliadas (segunda parte) ed. Ipsis Gráfica, Priscila M. P. Corrêa da Fonseca, 2022, p. 108.